Projeto leva telessaúde 5G com Open RAN para município no Piauí

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telemedicina, saúde

Um projeto-piloto está sendo realizado em Miguel Alves (PI), município com 70% de população rural, para levar telessaúde de alta velocidade via 5G, Open RAN e redes de fibra óptica. O objetivo é reduzir filas e oferecer exames especializados à população.

A BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o InovaHC (Hospital das Clínicas da USP), o CPQD e a Samsung estão utilizando uma rede privativa 5G com tecnologia Open RAN (rede aberta e desagregada) instalada pelo CPQD para transmitir imagens em tempo real para especialistas em São Paulo, permitindo a orientação remota de profissionais de saúde locais.

O piloto (com duração prevista de 9 meses, iniciado em maio) visa realizar exames de ecocardiograma e ultrassonografia fetal obstétrica pelo SUS. Em apenas quatro meses (maio a setembro), a espera por ecocardiogramas caiu de 180 dias para 19 dias.

Foram realizados 368 ecocardiogramas, com a meta de atingir 900 atendimentos totais (cardiologia e saúde da mulher) nos próximos meses. Há potencial para incluir outros exames a distância, como diagnóstico de endometriose e colposcopia.

O projeto é o primeiro teste de campo Open RAN do Centro de Competência Embrapii-CPQD com aplicação em telessaúde e está alinhado ao projeto 5G Saúde do CPQD, que busca resolver desafios da saúde pública com tecnologias digitais. O CPQD também pesquisa o uso de satélite de baixa órbita como alternativa onde não há fibra óptica.

Auditorias

O CPQD também anunciou recentemente que está habilitado a realizar a comprovação de auditoria da política de segurança cibernética de fornecedores de produtos e equipamentos para prestadoras de serviços de telecomunicações no Brasil.

A Anatel estabeleceu a nova exigência regulatória (via Ato n.º 16.417/2024), que valerá a partir de 26 de novembro. As operadoras só poderão utilizar em suas redes equipamentos de fornecedores que tiverem essa auditoria comprovada. As auditorias devem ser conduzidas por Organismos de Certificação Designados (OCDs) reconhecidos pela Anatel.

O CPQD está habilitado para realizar esse trabalho, utilizando sua experiência em ensaios e análises de conformidade. A medida visa aumentar a segurança e a confiabilidade das infraestruturas críticas de telecomunicações no País.

"Oferecemos suporte completo às empresas que precisam cumprir o novo regulamento, garantindo credibilidade, independência e competência técnica no processo de avaliação de suas práticas de segurança cibernética", afirma o gerente do OCD do CPQD, Reginaldo Matias Ribeiro.

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