Entre janeiro e setembro de 2025, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) aprovaram até outubro R$ 14 bilhões em crédito para projetos de inovação no âmbito da Nova Indústria Brasil (NIB). O volume equivale a todo o valor liberado pelas duas instituições ao longo de 2023.
Desde o início do programa, em 2023, os financiamentos somam R$ 57,7 bilhões, sendo R$ 33,4 bilhões da Finep e R$ 24,3 bilhões do BNDES. Os recursos têm como foco o desenvolvimento tecnológico, a digitalização da produção e a modernização industrial, com destaque para iniciativas em inteligência artificial, semicondutores e mobilidade avançada, como o projeto do carro elétrico voador da Eve.
O montante acumulado representa um crescimento de 209% em relação às aprovações de crédito para inovação registradas entre 2019 e 2022, período em que foram destinados R$ 18,6 bilhões.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a política industrial voltada à inovação tem efeitos diretos sobre o dinamismo econômico e o posicionamento tecnológico do país.
“A inovação está transformando a base produtiva nacional ao impulsionar novas tecnologias, aumentar a produtividade e fortalecer cadeias estratégicas. Com esses investimentos, o país está gerando empregos qualificados, ampliando a competitividade e colocando a indústria brasileira em um novo patamar de desenvolvimento. A inovação como foco do prêmio Nobel de Economia deste ano prova que a política industrial do governo do presidente Lula está em sintonia com a importância que o tema tem no mundo”, afirmou.
A NIB é coordenada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e reúne ações de vários ministérios, com o objetivo de estimular a reindustrialização sustentável e digital do país. Os eixos estratégicos incluem a automação inteligente, a bioeconomia, a transição energética e a transformação digital, com incentivos diretos a empresas e projetos de P&D.