JC2Sec aposta em gestão de risco de terceiros e expansão latino-americana

Guilherme Andrade/Comart/JC2Sec - crédito

Daniela Pereira, diretora comercial da JC2Sec, detalhou no Mind The Sec a estratégia da empresa para fortalecer a postura de segurança de seus clientes e ampliar sua atuação na América Latina. "Muitas vezes encontramos empresas da mesma vertical, mas com realidades completamente distintas: seja pela maturidade, porte ou recursos disponíveis", explicou. "Por isso, não faz sentido propor as mesmas respostas para desafios diferentes."

Segundo Daniela, o ecossistema de terceiros tornou-se um dos pontos mais vulneráveis das corporações. "Hoje, a maior parte dos ataques vem desse ecossistema, em que parceiros, fornecedores ou prestadores que compartilham informações ou estruturas", disse. Quando não conseguem atingir o alvo principal, os atacantes exploram brechas entre as conexões.

A JC2Sec adota uma abordagem colaborativa para mitigar esses riscos, incentivando fornecedores a evoluírem suas práticas. "É um processo de acolhimento. Quando uma empresa melhora sua postura de segurança, ela não se beneficia apenas junto ao cliente, mas também se torna mais interessante para o mercado", observou.

Um dos desafios citados por Daniela é a falta de mão de obra qualificada. "O Brasil tem uma deficiência de cerca de 750 mil profissionais de tecnologia", afirma. Para driblar essa visão, a JC2Sec aloca especialistas conforme a demanda de cada cliente. "O objetivo é garantir continuidade de processos, mesmo diante da rotatividade de profissionais", acrescentou.

Questionada sobre o impacto da inteligência artificial, Daniela vê a tecnologia como aliada, desde que usada com governança. "A IA já é usada há mais de uma década em segurança, mas agora ganhou visibilidade. Se for bem gerida e com riscos mapeados, ela oferece vantagens competitivas importantes", destacou.

Expansão na América Latina

Com mais de 17 anos de experiência em cibersegurança, Daniela assumiu a missão de ampliar a presença da JC2Sec no mercado latino-americano. "Estamos olhando para países como México, Chile, Colômbia, Peru e Argentina, que enfrentam desafios semelhantes e estão em diferentes níveis de maturidade em segurança", disse.