A Stefanini Cyber, do grupo brasileiro Stefanini, reforça o papel do país como centro de criação e integração do portfólio global da companhia. A empresa busca consolidar uma estratégia unificada de serviços baseada em lA e automação, voltada a acelerar a resposta a incidentes e reduzir riscos operacionais. "Nosso desafio é fazer com que o Brasil defina um portfólio de serviços com IA que seja entregue para o mundo, de forma integrada e consistente", afirmou Rodrigo Defanti, diretor de vendas da Stefanini Cyber, em entrevista à TI Inside durante o Mind The Sec 2025.
Segundo Defanti, o diferencial da operação brasileira está na visão pragmática sobre o uso da inteligência artificial. "A IA precisa entregar algo realista, sair do discurso e realmente mudar o dia a dia do cliente", observou.
Ele destacou que parte do trabalho atual envolve automatizar processos e permitir que a IA tome decisões assistidas, embora o limite entre automação e autonomia total ainda exija cautela."Em cibersegurança, cada segundo conta. Nosso foco é tornar a IA palpável e útil, reduzindo o tempo de reação e melhorando a eficiência operacional", explicou o executivo.
"Não dá mais para avaliar risco uma vez por ano. As empresas mudam todos os dias. O risco precisa ser medido e tratado em tempo real", disse Defanti.
A abordagem inclui a análise de cadeias de fornecedores e parceiros, aspecto crítico após incidentes recentes envolvendo plataformas financeiras e serviços de pagamento. "Hoje, o risco não está apenas dentro da empresa. Ele está distribuído por todo o ecossistema", completou.
Expansão global com DNA brasileiro
A expectativa, segundo Defanti, é dobrar o resultado da unidade em 2026, impulsionada por sinergias entre as operações de TI já consolidadas no grupo.
Embora o foco permaneça na expansão doméstica, a Stefanini intensifica a coordenação internacional entre suas bases no Brasil, Índia, Europa e Estados Unidos. A meta é ampliar receitas em moedas fortes e elevar o grau de integração entre os times.
"O investimento é fazer com que todas as ações globais funcionem em conjunto, com o Brasil ocupando um papel central de orquestração", afirmou. "O papel do Brasil é mostrar que é possível criar inovação em cibersegurança a partir daqui, com resultados práticos e impacto global", resumiu Defanti.