Um incidente cibernético no mínimo curioso atingiu o conjunto habitacional de estudantes Spinozacampus, em Amsterdam, capital da Holanda, em Julho passado: cinco máquinas de lavar roupa do prédio tiveram o sistema digital de pagamentos comprometido, permitindo que os estudantes lavassem roupa gratuitamente por várias semanas. A ONG Duwo, gestora dos imóveis, foi incapaz de arcar com os custos para os 1.250 residentes, uma vez que a receita das máquinas é vital para manter o serviço acessível. Na metade de julho, a organização bloqueou o acesso aos equipamentos, sem conseguir resolver o problema.
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Diante dos desafios, a Duwo decidiu reverter as lavadoras para versões analógicas, com a expectativa de receber os novos equipamentos ainda em setembro. Outras associações de habitação já utilizam exclusivamente máquinas analógicas.
Especialistas alertam que a invasão de dispositivos inteligentes é uma tendência crescente. De acordo com o hacker ético holandês Sijmen Ruwhof, equipamentos conectados à rede, como máquinas de lavar, podem ser controlados remotamente e, de forma mais alarmante, utilizados em ataques cibernéticos em larga escala, derrubando websites importantes. Há suspeitas de que o ataque no Spinozacampus pode ter sido obra de um profissional, dada a complexidade e o alto custo de rastrear tais invasores, embora reconheça a curiosidade e o talento programático de muitos estudantes.
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há 1 mês
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