A Ericsson registrou lucro líquido de SEK 11,3 bilhões (US$ 1,13 bilhão) no terceiro trimestre de 2025, alta de 191% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado, divulgado hoje, 14 de outubro, foi impulsionado por eficiência operacional, expansão de margens e o ganho de capital de SEK 7,6 bilhões (US$ 760 milhões) com a venda da subsidiária iconectiv.
O EBITA ajustado totalizou SEK 15,8 bilhões (US$ 1,58 bilhão), com margem de 28,1%, ante 12,6% um ano antes. A receita líquida caiu 9%, para SEK 56,2 bilhões (US$ 5,62 bilhões), impactada por efeitos cambiais e base de comparação elevada nas Américas.
Avanço em software de redes e nuvem
A divisão Cloud Software and Services teve crescimento de 9%, impulsionada pelo desempenho de redes centrais. A unidade Networks recuou 5%, mas manteve margem bruta ajustada de 50,1%. Já o segmento Enterprise apresentou queda de 7%, afetado por desinvestimentos, com margem de 51,6%.
“O terceiro trimestre marca a consolidação de um novo patamar de rentabilidade. A combinação entre foco operacional, ganhos de escala e portfólio competitivo nos permitiu ampliar margens em todas as unidades de negócio”, declarou o CEO Börje Ekholm.
Segundo o CFO Lars Sandström, a companhia continua focada na disciplina de custos e na estruturação de um portfólio sustentável. O fluxo de caixa livre antes de aquisições foi de SEK 6,6 bilhões (US$ 660 milhões) e o caixa líquido subiu para SEK 51,9 bilhões (US$ 5,19 bilhões), avanço de 103% em 12 meses.
Desempenho por regiões
A Ericsson cresceu organicamente em três das quatro regiões operacionais. Os destaques foram:
- Nordeste Asiático: alta de 10%, com SEK 3,8 bilhões (US$ 380 milhões) em receitas;
- Europa, Oriente Médio e África: crescimento de 3%, com SEK 16,7 bilhões (US$ 1,67 bilhão);
- Sudeste Asiático, Oceania e Índia: avanço de 1%, com SEK 7,1 bilhões (US$ 710 milhões);
- Américas: queda de 8%, totalizando SEK 19,8 bilhões (US$ 1,98 bilhão), após entregas atípicas em 2024.
Perspectivas
No balanço, a administração da empresa prevê margem bruta ajustada entre 49% e 51% no quarto trimestre e estabilidade no mercado global de RAN. O segmento Enterprise deve se estabilizar após o ajuste de portfólio. Com base na forte geração de caixa, o conselho deve propor nova política de distribuição de recursos aos acionistas no relatório do 4º tri, para deliberação na assembleia anual.