O CEO da América Móvil (AMX), Daniel Hajj, afirmou nesta quarta-feira, 15 de outubro, que o grupo está avaliando novas oportunidades de fusões e aquisições (M&A) na América Latina, com foco em Chile e Brasil. As declarações ocorreram durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre de 2025. A empresa é dona da Claro.
“Estamos avaliando um lance conjunto com a Entel para comprar os ativos e operações da Telefónica no Chile. Está em estágio inicial e o processo levará algum tempo”, disse Hajj. Segundo o executivo, o movimento faz parte de um cenário mais amplo de consolidação no setor de telecomunicações regional: “Os mercados estão se consolidando. Se fizer sentido para nós, vamos participar”.
No Chile, o CEO da AMX afirmou que a operação da Claro “dobrou o EBITDA nos últimos anos”, após a aquisição total da antiga joint venture com a Liberty e a modernização integral da rede 5G.
Aquisições no Brasil
Sobre o mercado brasileiro, o executivo destacou que “a subsidiária está avaliando a Desktop, mas não há compromisso vinculante até o momento”. Ele explicou que a companhia segue aberta a oportunidades que complementem a infraestrutura existente, especialmente em conectividade e redes de fibra óptica.
Hajj ressaltou que o Brasil é o principal mercado da América Móvil fora do México, responsável por aproximadamente 17% da receita consolidada e com crescimento consistente nos últimos trimestres. “Há três anos consecutivos temos ganhos em cobertura, clientes e qualidade de rede”, afirmou.
O executivo da AMX destacou o avanço do ARPU em 7,3% no pré-pago e o movimento de migração contínua de clientes para o pós-pago, responsável por 1,5 milhão de novas adições no trimestre. “Temos investido muito em 5G e ampliado nossa presença em todo o país. As pessoas estão consumindo mais dados e comprando pacotes de maior duração”, disse.
A Claro Brasil encerrou o 3T25 com EBITDA de R$ 1,74 bilhão e margem de 44,5%, a mais alta já registrada, segundo o relatório da América Móvil.