
A diretora jurídica e de relações institucionais da Alares, Paloma Mansano, afirmou nesta terça-feira, 21, durante o segundo dia do evento NEO 2025, em Salvador (BA), que o avanço da criminalidade no setor de conectividade não apenas compromete a segurança de empresas e funcionários, mas também cria um ambiente de concorrência desleal e instável para investimentos em telecomunicações.
“Quem está na governança do setor sabe que a criminalidade vai além do risco físico. Ela distorce completamente as condições de mercado e ameaça a sustentabilidade das empresas sérias”, afirmou.
Segundo ela, as redes clandestinas operadas por organizações criminosas impõem barreiras ilegais à atuação dos pequenos provedores. Mansano destacou que o cenário de insegurança afeta diretamente o apetite de investidores, especialmente considerando os altos custos envolvidos na construção e manutenção das redes. “Telecomunicações requerem investimentos altos, uso de tecnologia de ponta, equipamentos importados e uma operação contínua. Não se trata apenas de construir a rede, é preciso manter, operar, atender e garantir qualidade”, afirmou.
Ela também chamou atenção para o papel essencial da conectividade na vida cotidiana, apontando que os impactos da atuação irregular vão além do ambiente de negócios. “Telecom não é mais um luxo ou conveniência. É essencial. Está nos hospitais, nas escolas, nas indústrias, em qualquer serviço público ou privado. Quando esse serviço é oferecido por agentes fora da lei, o maior prejudicado é o consumidor, que não tem garantia de atendimento, de qualidade, nem de proteção de dados”, explicou.
A diretora reforçou que a atuação irregular no setor afeta todo o ecossistema, desde empresas até o usuário final. “O cliente fica à mercê. Às vezes é obrigado a contratar um serviço informal, sem escolha, sem garantia de nada. Isso impacta o setor inteiro, não só financeiramente, mas também na sua credibilidade institucional”, concluiu.
O NEO 2025 é organizado pela Associação NEO e segue até quarta-feira, 22, reunindo representantes do setor, autoridades públicas e especialistas em telecomunicações.
Por Jair Mendonça Jr. especial para o Tele.Síntese
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